A fé inteligente envolve não só meditação e prática da Palavra de Deus, mas exige respostas e o cumprimento de Suas Promessas.
Além disso, não aceita, em hipótese alguma, que o bem e o mal saiam de uma mesma fonte, porque isso não tem sentido, tampouco é racionalmente aceitável.Enquanto a fé inteligente se recusa a aceitar tal idéia, a fé natural busca argumentos filosóficos para sustentá-la.
Como admitir que de uma fonte jorre água doce e amarga ao mesmo tempo?
De fato, quando o assunto é fé, as pessoas logo a associam ao fanatismo religioso que é evidenciado pelo mundo. Isso acontece porque o tipo de crença popular trata mais da fé natural e não da sobrenatural.
Não existe nenhum conflito entre fé sobrenatural e a razão. Ao contrário, elas andam juntas e dependem uma da outra. A fé sobrenatural é racional e envolve o exercício do raciocínio.
Por isso, a fé sobrenatural é fé inteligente. Infelizmente, a maioria dos religiosos é desinformada a respeito desse tipo de fé. Em razão disso, crêem em Deus mas não têm visto o retorno dessa crença. São pessoas sinceras, mas cegas de entendimento espiritual.
A prática de fé natural deles está fundamentada na tradição e emoção. Em relação à fé natural, ela conflitua com a razão. A prova disso está na aceitação sem questionamento. As pessoas a aceitam como dogma e pronto.
O cultivo desse tipo de fé é completamente separado da razão, dando, assim, origem ao fanatismo religioso. Obviamente, tal crença não acrescenta nada na vida. Se analisarmos a diferença entre a qualidade de vida dessa maioria religiosa e a dos ateus, estes, certamente, levam vantagem.
O mesmo não acontece entre os que praticam a fé inteligente e as demais pessoas, sejam elas religiosas ou atéias.
A razão cobra da fé fatos sobrenaturais que a justifiquem. E só a fé sobrenatural, inteligente e racional é capaz de corresponder a esse anseio. Já a fé natural não satisfaz aos desejos da razão, nem se preocupa com isso, porque do ponto de vista espiritual a fé natural não se discute.
(Autor: Bispo Edir Macedo)
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